Outra vez as praxes, Outra vez a UTAD
Saudações,
ontem à noite estava a ver Tv quando vi que uma das noticias de primeira página do público de hoje eram as praxes académicas particularmente em Vila Real/UTAD. Hoje comprei o público e li com muita atenção a noticia, já que mencionava particularmente a universidade que frequento.
Como já vem sendo habitual, todas as noticias que surgem sobre praxes, enfocam o seu lado negativo: todas as reportagens deste ambito existem para dar mais ênfase ao conceito anti-praxe. E neste particular Vila Real e a Utad têm funcionado como bastião a abater dos anti-praxistas. Como já devem ter denotado neste meu post, não sou anti-praxe, nem sequer sou a favor. Para que tenha alguma legitimidade no que abaixo vou escrever, mais informo, que fui praxado em Évora, Vila Real, que praxei e que continuo a "praxar" actualmente somente na tuna onde me insiro, a TransmonTuna. Antes de mais é preciso tentar definir o conceito de praxe. A meu ver não é definivel; não é uma ciência, uma história ou sequer uma obrigação; é uma tradição académica tão e somente, que como qualquer outra realidade da vida poderá ter coisas boas e coisas menos boas. Não sei se serei um priveligiado, mas acho que não, mas a mim as praxes deixaram boas recordações. Acredito que a muitos milhares de estudantes sintam o mesmo.
Não sendo a actividade de praxar uma profissão vou tentar utilizar em termos comparativos com uma profissão para tentar explicitar a minha opinião. Como em qualquer outra "profissão" ( que é uma coisa que praxar é nem de perto nem de longe)existem erros e excessos. Como em qualquer outro sitio os erros devem ser punidos e condenados, e os seus executores devem ser julgados. É claro que existem estudantes que usam a praxe como forma de se auto-afirmarem, de se exibirem e procurem se afirmar. Mas também à aqueles que veem a praxe somente como uma forma de convivência com brincadeiras e "estupidezes que nada de maléficas apresentam. EU NÃO ME IMPORTEI DE SER PRAXADO. Permitiu-me conhecer um maior número de pessoas, permitiu-me uma melhor e maior adapatação a todos os meus colegas de curso e calorios que não conhecia de lado nenhum. Sim, e eu andei de quatro, gritei e cantei cantigas com palavrões(nunca ninguém os diz!!!!!!!!), fui jantar a casa dos estudantes mais velhos e depois lavei a louça (a imagem que passa na reportagem é que os caloiros só lá vão para arrumar a casa), rastejei na lama, fiz jantares com os "doutores", bebi uns copos com os "doutores", fiz algumas estupidezes das quais hoje me ri-o. NÃO ME SENTI NADA INFERIORIZADO.
Fiz procissões de caloiros, andei até altas das horas da madrugada com todos os doutores e caloiros, passei belos e inesquecíveis serões, fiz jantares e amigos, conheci mais pessoas num mês que em todo o resto do ano, tive projectos de cordenação com outroS caloiros no qual fui "obrigado" a ficar a conhecer a cidade e as suas pessoas. O meus melhores amigos daquela cidade são aqUeles que me praxaram, que comigo foram praxados e que eu praxei. Isso não é bom?
Também tenho conhecimento de coisas erradas que se fazem e procuram fazer, e podem ter a certeza que não sendo eu anti-praxe,já tive algumas discussões com supostos praxadores que procuravam usar a praxe como forma de afirmação e protagonismo.
Mas agora não me venham dizer que em Vila Real e na UTAD, é tudo um bando de papões que come caloirinhos ao pequeno almoço; na reportagem, até um caso de meningite que infelizmente sucedeu este inicio de ano na UTAD e que teve um final feliz, até esse caso procuram associar às praxes.
Conheço muito gente que não praxa, que não foi praxada ou a quem isso rigorosamente nada lhe diz, e que não andam para aí apregoar a praxe como uma praga a exterminar.
Gostava de ver uma reportagem em que o tema fosse: Praxe em Vila Real e o espirito académico da cidade- o lado positivo.
Muito mais me apetecia escrever, mas sinto que este "local" me limita a argumentação.
saudações virtuais
ontem à noite estava a ver Tv quando vi que uma das noticias de primeira página do público de hoje eram as praxes académicas particularmente em Vila Real/UTAD. Hoje comprei o público e li com muita atenção a noticia, já que mencionava particularmente a universidade que frequento.
Como já vem sendo habitual, todas as noticias que surgem sobre praxes, enfocam o seu lado negativo: todas as reportagens deste ambito existem para dar mais ênfase ao conceito anti-praxe. E neste particular Vila Real e a Utad têm funcionado como bastião a abater dos anti-praxistas. Como já devem ter denotado neste meu post, não sou anti-praxe, nem sequer sou a favor. Para que tenha alguma legitimidade no que abaixo vou escrever, mais informo, que fui praxado em Évora, Vila Real, que praxei e que continuo a "praxar" actualmente somente na tuna onde me insiro, a TransmonTuna. Antes de mais é preciso tentar definir o conceito de praxe. A meu ver não é definivel; não é uma ciência, uma história ou sequer uma obrigação; é uma tradição académica tão e somente, que como qualquer outra realidade da vida poderá ter coisas boas e coisas menos boas. Não sei se serei um priveligiado, mas acho que não, mas a mim as praxes deixaram boas recordações. Acredito que a muitos milhares de estudantes sintam o mesmo.
Não sendo a actividade de praxar uma profissão vou tentar utilizar em termos comparativos com uma profissão para tentar explicitar a minha opinião. Como em qualquer outra "profissão" ( que é uma coisa que praxar é nem de perto nem de longe)existem erros e excessos. Como em qualquer outro sitio os erros devem ser punidos e condenados, e os seus executores devem ser julgados. É claro que existem estudantes que usam a praxe como forma de se auto-afirmarem, de se exibirem e procurem se afirmar. Mas também à aqueles que veem a praxe somente como uma forma de convivência com brincadeiras e "estupidezes que nada de maléficas apresentam. EU NÃO ME IMPORTEI DE SER PRAXADO. Permitiu-me conhecer um maior número de pessoas, permitiu-me uma melhor e maior adapatação a todos os meus colegas de curso e calorios que não conhecia de lado nenhum. Sim, e eu andei de quatro, gritei e cantei cantigas com palavrões(nunca ninguém os diz!!!!!!!!), fui jantar a casa dos estudantes mais velhos e depois lavei a louça (a imagem que passa na reportagem é que os caloiros só lá vão para arrumar a casa), rastejei na lama, fiz jantares com os "doutores", bebi uns copos com os "doutores", fiz algumas estupidezes das quais hoje me ri-o. NÃO ME SENTI NADA INFERIORIZADO.
Fiz procissões de caloiros, andei até altas das horas da madrugada com todos os doutores e caloiros, passei belos e inesquecíveis serões, fiz jantares e amigos, conheci mais pessoas num mês que em todo o resto do ano, tive projectos de cordenação com outroS caloiros no qual fui "obrigado" a ficar a conhecer a cidade e as suas pessoas. O meus melhores amigos daquela cidade são aqUeles que me praxaram, que comigo foram praxados e que eu praxei. Isso não é bom?
Também tenho conhecimento de coisas erradas que se fazem e procuram fazer, e podem ter a certeza que não sendo eu anti-praxe,já tive algumas discussões com supostos praxadores que procuravam usar a praxe como forma de afirmação e protagonismo.
Mas agora não me venham dizer que em Vila Real e na UTAD, é tudo um bando de papões que come caloirinhos ao pequeno almoço; na reportagem, até um caso de meningite que infelizmente sucedeu este inicio de ano na UTAD e que teve um final feliz, até esse caso procuram associar às praxes.
Conheço muito gente que não praxa, que não foi praxada ou a quem isso rigorosamente nada lhe diz, e que não andam para aí apregoar a praxe como uma praga a exterminar.
Gostava de ver uma reportagem em que o tema fosse: Praxe em Vila Real e o espirito académico da cidade- o lado positivo.
Muito mais me apetecia escrever, mas sinto que este "local" me limita a argumentação.
saudações virtuais
16 Comments:
já que se fala em caloiros.
Sempre és candidato a presidente da Jota ou não?
By Anónimo, at 02 fevereiro, 2006 16:54
A coisa anda a incomodar-te! E andas a deixar o rabo de fora...
Quem não gosta de polémicas, não as havia de criar!
By Anónimo, at 02 fevereiro, 2006 18:41
e eu, que tb sou anónimo, diria que temos aqui um anónimo a falar para o outro e, outro a rir-se deles os dois... Afinal, há ausentes mais presentes que os próprios presentes...
By Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 15:31
as contas não enganam: três anónimos e eu - quatro anónimos.
E,agora, quem é o verdadeiro anónimo?
By Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 15:35
Ena pá!!! um sitio para brincar aos anónimos. Este "santoaleixo" é um espectaculo.
Eeeeeeiiiiii uma polémica entre anónimos e tudo.
Portanto: já temos um anónimo político, um investigador,um atento e um contabilis... vai-te lixar! Pela hora tu e o atento são o mesmo.
Faz lá essas contas outra vez.
A mim podes-me tratar por *fixe*.
By Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 16:07
e agora? Sou o mesmo que tu? Se estás online eu tb posso estar.
Por aqui nem tudo o que parece é...
By Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 16:10
Pronto. Tu não és o outro, mas eu também não sou tu.
Então, quantos somos agora?
By Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 16:13
dasss
By Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 16:14
dez? Eu só conto seis.
By Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 16:15
olha bom carnaval! entre anónimos e mascarados há pouca diferença.
By Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 16:18
Isso é verdade. mas também há aqui muitos anónimos que lá fora só usam os elásticos...
By Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 16:21
adorei o que escreveste...
aluna da UTAD anónima, no meio dos anónimos...
By Anónimo, at 11 fevereiro, 2006 02:45
Nao podia concordar mais com o que dizes... e acho que esta tentativa abolicionista (apoiada pelo professor Arnaldo, de Zoo, pelo que ouvi ate agora...) é ridicula...
Bem, eu tb gostei da praxe!
By Nandita, at 18 março, 2006 18:38
Gostei muito de ler o teu artigo :)
Sublinho toda e qualquer palavra nele contidas.
Anónimo? Sim ... só porque dá trabalho criar uma conta só para deixar um comentário!
Afonso Gomes, Engenharia Electrotécnia
By Anónimo, at 12 outubro, 2007 18:05
"Conheço muito gente que não praxa, que não foi praxada ou a quem isso rigorosamente nada lhe diz, e que não andam para aí apregoar a praxe como uma praga a exterminar.". Gostei dessa parte, pois talvez se refira a mim... é que por mim podem esfolar-se uns aos outros ou encherem-se de beijos, não me diz nada mesmo. Mais em que pensar. Obrigada por te teres lembrado de mim e desse grupo de pessoas que não são anti nem a favor, a quem simplesmente a praxe não diz... nadica. Paz a todos! :P
Márcia Fernandes, sem título honorário. Mia para os amigos. Anónima para o Blogger. Indiferente para os restantes. xD
By Anónimo, at 18 fevereiro, 2008 01:32
Convido a ler e comentar: http://notasemelodias.blogspot.com/2008/09/notas-sobre-praxes-e-praxe.html, entre outros artigos relacionados com o assunto que constam do supracitado blogue.
By J.Pierre Silva, at 16 outubro, 2008 23:16
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