santoaleixo

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Outra vez as praxes, Outra vez a UTAD

Saudações,

ontem à noite estava a ver Tv quando vi que uma das noticias de primeira página do público de hoje eram as praxes académicas particularmente em Vila Real/UTAD. Hoje comprei o público e li com muita atenção a noticia, já que mencionava particularmente a universidade que frequento.
Como já vem sendo habitual, todas as noticias que surgem sobre praxes, enfocam o seu lado negativo: todas as reportagens deste ambito existem para dar mais ênfase ao conceito anti-praxe. E neste particular Vila Real e a Utad têm funcionado como bastião a abater dos anti-praxistas. Como já devem ter denotado neste meu post, não sou anti-praxe, nem sequer sou a favor. Para que tenha alguma legitimidade no que abaixo vou escrever, mais informo, que fui praxado em Évora, Vila Real, que praxei e que continuo a "praxar" actualmente somente na tuna onde me insiro, a TransmonTuna. Antes de mais é preciso tentar definir o conceito de praxe. A meu ver não é definivel; não é uma ciência, uma história ou sequer uma obrigação; é uma tradição académica tão e somente, que como qualquer outra realidade da vida poderá ter coisas boas e coisas menos boas. Não sei se serei um priveligiado, mas acho que não, mas a mim as praxes deixaram boas recordações. Acredito que a muitos milhares de estudantes sintam o mesmo.
Não sendo a actividade de praxar uma profissão vou tentar utilizar em termos comparativos com uma profissão para tentar explicitar a minha opinião. Como em qualquer outra "profissão" ( que é uma coisa que praxar é nem de perto nem de longe)existem erros e excessos. Como em qualquer outro sitio os erros devem ser punidos e condenados, e os seus executores devem ser julgados. É claro que existem estudantes que usam a praxe como forma de se auto-afirmarem, de se exibirem e procurem se afirmar. Mas também à aqueles que veem a praxe somente como uma forma de convivência com brincadeiras e "estupidezes que nada de maléficas apresentam. EU NÃO ME IMPORTEI DE SER PRAXADO. Permitiu-me conhecer um maior número de pessoas, permitiu-me uma melhor e maior adapatação a todos os meus colegas de curso e calorios que não conhecia de lado nenhum. Sim, e eu andei de quatro, gritei e cantei cantigas com palavrões(nunca ninguém os diz!!!!!!!!), fui jantar a casa dos estudantes mais velhos e depois lavei a louça (a imagem que passa na reportagem é que os caloiros só lá vão para arrumar a casa), rastejei na lama, fiz jantares com os "doutores", bebi uns copos com os "doutores", fiz algumas estupidezes das quais hoje me ri-o. NÃO ME SENTI NADA INFERIORIZADO.
Fiz procissões de caloiros, andei até altas das horas da madrugada com todos os doutores e caloiros, passei belos e inesquecíveis serões, fiz jantares e amigos, conheci mais pessoas num mês que em todo o resto do ano, tive projectos de cordenação com outroS caloiros no qual fui "obrigado" a ficar a conhecer a cidade e as suas pessoas. O meus melhores amigos daquela cidade são aqUeles que me praxaram, que comigo foram praxados e que eu praxei. Isso não é bom?
Também tenho conhecimento de coisas erradas que se fazem e procuram fazer, e podem ter a certeza que não sendo eu anti-praxe,já tive algumas discussões com supostos praxadores que procuravam usar a praxe como forma de afirmação e protagonismo.
Mas agora não me venham dizer que em Vila Real e na UTAD, é tudo um bando de papões que come caloirinhos ao pequeno almoço; na reportagem, até um caso de meningite que infelizmente sucedeu este inicio de ano na UTAD e que teve um final feliz, até esse caso procuram associar às praxes.
Conheço muito gente que não praxa, que não foi praxada ou a quem isso rigorosamente nada lhe diz, e que não andam para aí apregoar a praxe como uma praga a exterminar.
Gostava de ver uma reportagem em que o tema fosse: Praxe em Vila Real e o espirito académico da cidade- o lado positivo.
Muito mais me apetecia escrever, mas sinto que este "local" me limita a argumentação.

saudações virtuais

16 Comments:

  • já que se fala em caloiros.

    Sempre és candidato a presidente da Jota ou não?

    By Anonymous Anónimo, at 02 fevereiro, 2006 16:54  

  • A coisa anda a incomodar-te! E andas a deixar o rabo de fora...
    Quem não gosta de polémicas, não as havia de criar!

    By Anonymous Anónimo, at 02 fevereiro, 2006 18:41  

  • e eu, que tb sou anónimo, diria que temos aqui um anónimo a falar para o outro e, outro a rir-se deles os dois... Afinal, há ausentes mais presentes que os próprios presentes...

    By Anonymous Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 15:31  

  • as contas não enganam: três anónimos e eu - quatro anónimos.
    E,agora, quem é o verdadeiro anónimo?

    By Anonymous Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 15:35  

  • Ena pá!!! um sitio para brincar aos anónimos. Este "santoaleixo" é um espectaculo.
    Eeeeeeiiiiii uma polémica entre anónimos e tudo.
    Portanto: já temos um anónimo político, um investigador,um atento e um contabilis... vai-te lixar! Pela hora tu e o atento são o mesmo.
    Faz lá essas contas outra vez.
    A mim podes-me tratar por *fixe*.

    By Anonymous Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 16:07  

  • e agora? Sou o mesmo que tu? Se estás online eu tb posso estar.
    Por aqui nem tudo o que parece é...

    By Anonymous Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 16:10  

  • Pronto. Tu não és o outro, mas eu também não sou tu.
    Então, quantos somos agora?

    By Anonymous Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 16:13  

  • dasss

    By Anonymous Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 16:14  

  • dez? Eu só conto seis.

    By Anonymous Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 16:15  

  • olha bom carnaval! entre anónimos e mascarados há pouca diferença.

    By Anonymous Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 16:18  

  • Isso é verdade. mas também há aqui muitos anónimos que lá fora só usam os elásticos...

    By Anonymous Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 16:21  

  • adorei o que escreveste...
    aluna da UTAD anónima, no meio dos anónimos...

    By Anonymous Anónimo, at 11 fevereiro, 2006 02:45  

  • Nao podia concordar mais com o que dizes... e acho que esta tentativa abolicionista (apoiada pelo professor Arnaldo, de Zoo, pelo que ouvi ate agora...) é ridicula...
    Bem, eu tb gostei da praxe!

    By Blogger Nandita, at 18 março, 2006 18:38  

  • Gostei muito de ler o teu artigo :)
    Sublinho toda e qualquer palavra nele contidas.

    Anónimo? Sim ... só porque dá trabalho criar uma conta só para deixar um comentário!

    Afonso Gomes, Engenharia Electrotécnia

    By Anonymous Anónimo, at 12 outubro, 2007 18:05  

  • "Conheço muito gente que não praxa, que não foi praxada ou a quem isso rigorosamente nada lhe diz, e que não andam para aí apregoar a praxe como uma praga a exterminar.". Gostei dessa parte, pois talvez se refira a mim... é que por mim podem esfolar-se uns aos outros ou encherem-se de beijos, não me diz nada mesmo. Mais em que pensar. Obrigada por te teres lembrado de mim e desse grupo de pessoas que não são anti nem a favor, a quem simplesmente a praxe não diz... nadica. Paz a todos! :P
    Márcia Fernandes, sem título honorário. Mia para os amigos. Anónima para o Blogger. Indiferente para os restantes. xD

    By Anonymous Anónimo, at 18 fevereiro, 2008 01:32  

  • Convido a ler e comentar: http://notasemelodias.blogspot.com/2008/09/notas-sobre-praxes-e-praxe.html, entre outros artigos relacionados com o assunto que constam do supracitado blogue.

    By Blogger J.Pierre Silva, at 16 outubro, 2008 23:16  

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